Candidíase vaginal: 5 dicas para preveni-la!

agosto 31, 2023

Adicionados a alimentos ou vendidos em cápsulas, os probióticos podem ser uma alternativa para o controle da Candida em superfícies mucosas do intestino, da vagina e, principalmente, da boca; prevenindo o surgimento de infecções decorrentes da candidíase, segundo estudos.


A candidíase é uma infecção fúngica causada por várias espécies do gênero Candida. A candidíase na mulher na região vulvovaginal é um dos diagnósticos mais frequentes nos consultórios médicos e o índice de reincidência é considerado elevado.

A Candida é um fungo residente no corpo humano que vive de forma comensal, fazendo parte da microbiota da pele e das mucosas, incluindo o trato gastrointestinal e a vagina.

Em situações de desequilíbrio da microbiota desses ambientes, tornam-se fungos oportunistas, causando infecções. 

Descubra neste artigo sobre a relação entre o uso de probióticos e a candidíase na mulher.

Relação entre o uso de probióticos e a candidíase na mulher
O uso de probióticos associados ou não à terapia convencional pode ser uma opção para o tratamento da candidíase. 

Presentes nas microbiotas intestinal e vaginal, os probióticos desempenham uma barreira de defesa contra a infecção por Candida, atuando de três formas:

Bloqueando os receptores epiteliais para os fungos, inibindo assim sua adesão no epitélio vaginal;
Produzindo bacteriocinas que inibem a germinação do fungo;

Manutenção do equilíbrio das microbiotas intestinal e vaginal, as quais são importantes para a modulação local de resposta imunitária.

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Outros mecanismos de probióticos na candidíase na mulher
Entre outros possíveis efeitos dos probióticos, destaca-se a competição com os fungos pelos nutrientes. 

Realizam processo de co-agregação, podendo com isso, além de competir com os fungos, bloquear os receptores epiteliais, inibindo a adesão dos mesmos ao epitélio vaginal. 

Além disso, são capazes de produzir substâncias, bacteriocinas, as quais são de capazes de inibir a germinação de micélios. 

Os resultados mostraram que a mistura de lactobacillus investigada em combinação com lactoferrina, representa uma abordagem adjuvante segura e eficaz para reduzir sintomas e recorrências da candidíase.

Candidíase vaginal: 5 dicas para preveni-la!
São de grande variedade as doenças que podem acometer a região íntima da mulher; caso não sejam identificadas rapidamente para o devido tratamento, podem tornar-se um grande problema!

Uma das enfermidades mais comuns da ginecologia certamente é a candidíase vaginal. A maioria das mulheres está propensa a desenvolver a condição, que, quando precocemente detectada, é de fácil de tratamento.

Mas afinal, o que é a candidíase vaginal?
Para contribuir com o bom exercício de nossas funções biológicas, diversos microrganismos vivem em nossos corpos.

Um deles é um fungo do gênero Candida: o Candida Albicanis. Esses pequeninos, quando em quantidade correta, são essenciais para a flora vaginal. 

Entretanto, em caso de desequilíbrio, são facilmente irritáveis – e é aí que começa a candidíase vaginal!

Bastam alguns fatores para que os fungos proliferem-se exacerbadamente e causem coceira, corrimento esbranquiçado, inchaço e dor na região vaginal: os principais sintomas da doença.

Causas da candidíase 
Como nosso corpo é uma máquina perfeita, alguns comportamentos e inconstâncias podem causar doenças específicas: a candidíase não fica de fora.

Como a vagina é uma região quente e úmida, a proliferação fúngica tem nela as condições perfeitas para acontecer.

Dessa maneira, a candidíase vaginal pode acontecer a partir de 

-Estresse intenso;
-Fluxo hormonal desregulado – como na TPM e a na gravidez, por exemplo;
-Uso de antibióticos;
-Comorbidades crônicas, como diabetes.

Como é o tratamento?
Após o diagnóstico – normalmente dado a partir de análise em laboratório de material raspado da mucosa vaginal pelo ginecologista – o tratamento já pode ser iniciado.

É comum a prescrição de cremes e pomadas tópicas e, em certos casos, medicação via oral. O tempo de tratamento depende da gravidade do caso.

5 dicas para dizer prevenir a candidíase

A vagina se lava só com água!
Ou, no máximo, com sabonete neutro de glicerina. A região da vulva pode ser naturalmente lavada com sabonete – seja íntimo ou não. 

Entretanto, é indispensável que a vagina seja higienizada apenas com água. Isso acontece porque o pH da região é perfeitamente estruturado, além de possuir capacidade autolimpante. 

Qualquer produto com essências, corantes artificiais e demais características dos sabonetes utilizados no dia a dia podem desregular o pH, aumentando as chances de proliferação fúngica – o que causa a candidíase vaginal.

“Mas nem sabonete íntimo?” Isso mesmo! Sabonete, só na vulva. 

Evite roupas apertadas ou úmidas e calcinhas de tecido sintético 
A vagina precisa respirar! Roupas apertadas, molhadas – no caso de maiôs e biquínis – e lingeries de tecido sintético dificultam a ventilação da área, tornando a região ainda mais quente e úmida – nas condições perfeitas para os fungos.

Opte pelo uso de calcinhas com forro de algodão e, após nadar, evite veementemente permanecer com a roupa de banho por muito tempo. 

Além disso, busque alternar o uso de calças mais apertadas e outras de tecidos leves e frescos 

Dica extra: dormir sem calcinha é uma forma de deixar a área ventilada por maiores períodos.

Evite o uso de protetor diário 
Muitas mulheres têm o péssimo hábito de usar protetor diário rotineiramente. 

Por mais contraditório que pareça, usá-lo diariamente pode ser muito prejudicial à flora vaginal, devido ao abafamento causado na região.

Caso o uso tenha o objetivo de conter corrimentos, é melhor consultar um médico: os corrimentos vaginais são extremamente comuns; entretanto, quando passam a ser em fluxo intenso, de cor escurecida e odor forte, algo pode estar errado e, com o uso do protetor, pode piorar.


Use preservativo 
Apesar de a importância parecer óbvia, muitas pessoas ainda insistem em ter relações sexuais sem camisinha.

Não esqueça que anticoncepcionais previnem apenas a gravidez! Tanto homens quanto mulheres podem ter candidíase; numa relação sexual desprotegida, ambos os sexos podem transmiti-la.

Mantenha hábitos saudáveis 
Essa dica é universal! Um corpo bem regulado funciona melhor e conta com muito menos chances de desenvolver doenças.

Beber muita água, evitar o açúcar em excesso e praticar exercícios são atitudes simples que ajudam a flora vaginal a estar sempre em dia.

Beijos da Pâm!
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